Siga-nos em uma jornada louca enquanto analisamos a trilha sonora de Bayonetta neste novo evento de MĂșsica e Videogames
Com o aguardado terceiro capĂtulo jĂĄ em andamento, a Platinum Games se prepara para lançar aquele que tem todas as credenciais para ser uma nova pĂ©rola do gĂȘnero de ação. Desde o inĂcio, de fato, Bayonetta se impĂŽs ao pĂșblico graças a uma jogabilidade frenĂ©tica e satisfatĂłria, mas acima de tudo a um estilo inconfundĂvel que se tornou imediatamente a marca registrada da sĂ©rie. PoderĂamos falar por horas sobre as escolhas estilĂsticas excĂȘntricas que permeiam os vĂĄrios aspectos do jogo, e agora que Bayonetta estĂĄ de volta entre nĂłs decidimos dedicar este MĂșsica e videogames direito Ă trilha sonora que acompanha os feitos da bruxa da Umbra.
Para aqueles de vocĂȘs que nunca experimentaram a sĂ©rie, vamos esclarecer uma coisa imediatamente: Bayonetta e loucura. Os tĂtulos da saga contam uma trama que, apesar das enormes doses de humor, estĂĄ absolutamente determinada a se levar a sĂ©rio. Ao longo dos tĂtulos, muitas vezes presenciamos situaçÔes exageradas, absurdas e muitas vezes cheias de forte auto-ironia, mas de qualquer forma inegavelmente memorĂĄveis. Em um contexto em que loucura atinge tal altura que se transforma em um conceito inteiramente pessoal de Ă©pica, a mĂșsica nĂŁo pode e nĂŁo deve ser superada.
A violĂȘncia Ă© a questĂŁo. E a resposta Ă© Synth Pop!
Perante o exposto, Ă© evidente a necessidade de um acompanhamento capaz de sublinhar e amplificar o contraste agridoce entre as inĂșmeras figuras ameaçadoras determinadas a nos massacrar, e os movimentos provocativos, mas tambĂ©m letais, do protagonista. Embora possa parecer a primeira escolha para uma histĂłria baseada no choque apocalĂptico entre o cĂ©u e o inferno, as orquestraçÔes grandiloquentes e os temas pomposos do estilo Hans Zimmer tĂŁo caros aos compositores ocidentais de hoje, tudo teria enfatizado, exceto gloriosa loucura intrĂnseca ao jogo.
Claro que nĂŁo faltam peças mais canĂłnicas, com coros e orquestraçÔes com tons dramĂĄticos para lembrar ao jogador que o que estĂĄ sendo contado na tela nĂŁo Ă© um conto frĂvolo, mas a trĂĄgica e sĂ©ria guerra entre as forças do universo. No entanto, no final de uma cena cheia de drama e pathos, Ă© precisamente quando nossa protagonista libera todo o seu potencial que ocorre uma mudança de estilo completa e inesperada.
De fato, a mĂșsica que acompanha a coreografia provocativa e as evocaçÔes demonĂacas de Bayonetta Ă© nada menos do que uma mistura muito saborosa de Jazz, Fusion e Synth Pop, com pitadas aqui e ali de Bossa Nova e Swing (gĂȘneros tĂŁo caros a muitos compositores do Sol Nascente, como tambĂ©m podemos apreciar em outras sĂ©ries populares de videogames, e nĂŁo sĂł). A qualidade dos arranjos Ă© tal que seja imediatamente caracterĂstica e cheia de um estilo que exala âjaponesidadeâ de cada nota. O resultado final Ă©, portanto, um clĂmax que quebra os esquemas comuns e envolve uma carga de adrenalina maravilhosamente em contraste com o drama das cenas mostradas.
Fly Me To The Moon - Music & Video Games: Bayonetta, entre anjos, bruxas e synthjazz
A primeira mĂșsica que vamos apresentar neste Music & Video Games Ă© retirado do Bayonetta original. Com toda a probabilidade a maioria de vocĂȘs o tĂtulo Fly Me To The Moon nĂŁo serĂĄ novo. Na verdade, a peça nada mais Ă© do que um remake de um dos padrĂ”es de jazz mais famosos da histĂłria, tambĂ©m incluĂdo no Livro Verdadeiro, a coleção mais popular de transcriçÔes de cançÔes de jazz famosas (no jargĂŁo chamado Fake Book) entre mĂșsicos do gĂȘnero. A popularidade desta mĂșsica, originalmente escrito por Barth Howard em 1954 (VocĂȘ pode ouvir o original abaixo, interpretado pela atriz e cantora americana Kaye Ballard) cresceu vertiginosamente, graças tambĂ©m aos inĂșmeros artistas que, ao longo dos anos, gravaram sua prĂłpria interpretação, dentre as quais certamente se destaca Frank Sinatra.
Fly Me To The Moon tambĂ©m jĂĄ foi mencionado em inĂșmeras obras cinematogrĂĄficas, e nem Ă© a primeira vez que aparece em uma obra do Sol Nascente. AliĂĄs, os fĂŁs do anime jĂĄ vĂŁo conhecer a mĂșsica pois jĂĄ estĂĄ presente na famosa sĂ©rie Neon Genesis Evangelion (e nĂŁo Ă© improvĂĄvel que este Ășltimo tenha sido fonte de inspiração para os trabalhos da Platinum Games, tambĂ©m em outros aspectos alĂ©m do musical). A versĂŁo do jogo Ă© enĂ©rgica, com fortes elementos eletrĂŽnicos, um vocal com traços sensuais (e como esperar outra coisa?) um ritmo de dança quase hit, perfeito para acompanhar os movimentos letais da bruxa da Umbra.
Moon River - Music & Video Games: Bayonetta, entre anjos, bruxas e synthjazz
Continuamos este Music & Video Games com o tema principal de Bayonetta 2: Moon River. Mais uma vez os caras da Platinum Games optam por uma mĂșsica cujo tĂtulo menciona a Lua, resultando assim perfeitamente no enredo do jogo. As semelhanças entre esta e a passagem descrita no parĂĄgrafo anterior sĂŁo mĂșltiplas. Sempre falamos antes de tudo sobre um remix de uma mĂșsica famosadesta vez escrito em 1961 por Johnny Mercer e Henry Mancini e apresentado no filme Breakfast At Tiffany's (se vocĂȘ estiver curioso, no final do parĂĄgrafo vocĂȘ encontrarĂĄ a mĂșsica original cantada pela atriz Audrey Hepburn). De Frank Sinatra a Paul Anka, de Elton John (versĂŁo ao vivo) a REM, sĂŁo dezenas, senĂŁo centenas, os remakes desta pungente canção, distinguida, entre outras coisas, pelo Ăscar de melhor canção em 1962.
Quanto a Fly Me To The Moon, tambĂ©m neste caso, tendo que acompanhar algumas lutas, a mĂșsica foi necessariamente rearranjada, passando de uma balada comovente e delicada para uma mĂșsica com um groove animado. No lugar dos doces arpejos de piano encontramos frases rĂĄpidas de tecladistas com sabor de Blues/Jazz; uma seção de ventos com uma clara matriz de swing toca aqui e ali em uma pergunta e resposta com o canto, e a melodia, sem ser distorcida, toca aqui com um estilo selvagem, perfeitamente alinhado com o clima do jogo.
Vamos Dançar, Meninos! - Music & Video Games: Bayonetta, entre anjos, bruxas e synthjazz
A terceira mĂșsica deste Music & Video Games vem mais uma vez do primeiro capĂtulo de Bayonetta e traz um tĂtulo que jĂĄ Ă© um programa em si. Vamos Dançar, Meninos! Ă© exatamente o que vocĂȘ esperaria ouvir: uma peça instrumental peculiar e dançante com muita personalidade. Temos certeza de que ao ouvir esta faixa, mais do que qualquer outra, serĂĄ difĂcil nĂŁo se encontrar movendo a cabeça ou batendo o pĂ© no ritmo do groove envolvente.
Ao contrĂĄrio dos anteriores, desta vez nos deparamos com uma faixa inĂ©dita, escrita especificamente para o jogo. A faixa abre com uma introdução dominada por um riff de piano que logo explode em um enĂ©rgico ataque de dança. Sendo, como referimos, uma peça sem canto, a parte protagonista Ă© confiada a SassĂłfono, que domina o verso e o refrĂŁo ditando uma melodia galvanizante e ajudando a dar um traço decididamente caracterĂstico e inusitado Ă peça. Contextualizado com ação na tela, esta Ă©, na minha opiniĂŁo, uma das mĂșsicas que mais consegue sublinhar o estilo sedutor e letal da bruxa da Umbra, enquanto ele dança graciosamente, dispensando morte e matança entre as hordas de inimigos.
Whispers Of Destiny - Music & Video Games: Bayonetta, entre anjos, bruxas e synthjazz
A Ășltima mĂșsica que veremos neste Music & Video Games Ă© o tema principal do novĂssimo Bayonetta 3. Sussurros do destino, este Ă© o tĂtulo da faixa que acompanhou, no verĂŁo passado, o trailer em que a data de lançamento do novo capĂtulo foi revelada oficialmente (vocĂȘ pode encontrĂĄ-lo na parte inferior do parĂĄgrafo), Ă© uma mĂșsica capaz de se destacar da outros mencionados acima. A veia synth pop continua onipresente, assim como o groove e o som como um todo ainda estĂĄ claramente ancorado ao estilo da saga, mas tudo agora parece ter uma ponta meio melancĂłlica.
A melodia cantada Ă© sustentada por um acompanhamento que certamente nĂŁo se priva de algumas escolhas harmĂŽnicas um tanto exĂłticas (e tambĂ©m faz um uso interessante do violino, com frases rĂĄpidas que acompanham o cantado em determinados momentos da peça), mas tudo tende a vertere ainda mais em catchiness do que no passado. Esta nĂŁo Ă© certamente uma nota negativa, pois o excelente acabamento da peça Ă© como sempre inegĂĄvel, mas sim um sabor ligeiramente diferente para a sĂ©rie. Estamos ansiosos para mergulhar no Ășltimo tĂtulo da saga para descobrir se o que foi dito se refere apenas ao tema principal, ou a toda a trilha sonora, e se isso estĂĄ ou nĂŁo relacionado Ă dobra do novo enredo, que promete ser muito interessante.
A mĂșsica das bruxas
Aqui estamos no final deste evento de MĂșsica e Videogames dedicado a Bayonetta. As mĂșsicas citadas estĂŁo entre as que considero mais representativas do inconfundĂvel estilo musical da saga. Obviamente, embora nele hĂĄ muitas outras peças notĂĄveis, entĂŁo se vocĂȘ ainda nĂŁo fez, o conselho Ă© ir ouvir a trilha sonora inteira ou, melhor ainda, para apreciĂĄ-lo diretamente no jogo. A esse respeito, lembramos que, embora o segundo e o terceiro capĂtulos sejam exclusivos do Nintendo Switch, o original foi remasterizado e tambĂ©m estĂĄ disponĂvel para Xbox One e PS4, junto com Vanquish.
O que vocĂȘ acha da saga e seu estilo musical caracterĂstico? VocĂȘ vai jogar a nova terceira parcela? Deixe-nos saber nos comentĂĄrios e fique atento a {marca_origen} para todas as novidades dedicadas ao mundo dos videogames. Para comprar videogames com desconto, recomendamos que vocĂȘ dĂȘ uma olhada no catĂĄlogo Instant Gaming.